17 de abril de 2007

Citando o Mestre

______Como vocês devem imaginar pela minha última postagem, a morte de Kurt Vonnegut me chateou bastante. Entretanto, algo de positivo veio daí. Ao saber da sua morte, li um pouco mais sobre ele e acabei descobrindo que ele tinha um livro que eu não conhecia, lançado recentemente (2005 o original; 2006 a edição brasileira, pela Editora Record): Um homem sem pátria.

_____Comprei o livro e comecei a ler hoje. Como todos os demais livros de Vonnegut com os quais tive contato, Um homem sem pátria é inteligentíssimo, uma delícia de se ler, cheio de ótimas sacadas, humor negro, etc.. Mesmo estando bem no começo, eu achei que alguns trechos do livro que poderiam interessar aos meus amigos blogueiros, principalmente para aqueles que vivem chorando pela falta de visitantes (olha que eu ainda faço isso):

_____Eis uma lição de texto criativo.

_____Primeira regra: Não usem ponto-e-vírgulas. São travestis hermafroditas que não representam absolutamente nada. Tudo o que fazem é mostrar que você esteve na universidade.

(...)

*

_____Agora, deixem-me lhes dar uma dica de marketing. As pessoas que têm condições de comprar livros, revistas, [ler blogs] e ir ao cinema não gostam de saber das pessoas que são pobres ou doentes, por isso comecem sua história [falando de coisas boas: grande prosperidade, saúde maravilhosa].”. (Kurt VONNEGUT, Um homem sem pátria. São Paulo/Rio de Janeiro, Record, 2006. p. 35-7).

_____Quem se divertiu, ótimo. Quem não gostou, limito-me a indicar Vonnegut. Acreditem, lê-lo é maravilhoso. E, como eu já disse, eu me recuso a explicar certas coisas.

P.S.: Espero que tenham gostado do meu
ponto-e-vírgula no primeiro parágrafo.

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