3 de dezembro de 2007

O autor é aquele ali

_____Em julho deste ano fui ao lançamento dos livros do Alex Castro e do Luiz Biajoni respectivamente o Liberal Libertário Libertino – Crônicas e o Virgínia Berlim (uma experiência). Quem comprasse os dois no dia, ganhava um pequeno desconto e os livros saiam por 45 reais. Saquei uma nota de cinqüenta e o vendedor me ofereceu como “troco” o livro Outros tiros – Contos e mentiras, de Matos Mangusto, que custava R$ 5,00 (li alguns trechos, depois, e odiei... acho que valia mais a pena oferecer o troco em balas). Olhei para o livro e respondi que preferia outro. Apontei, então, para Os melhores (e alguns dos piores) textos de Branco Leone, de Albano Martins Ribeiro.

_____Fazia tempo que eu queria comprar o livro do Branco Leone. Eu já havia lido trechos, visto diversas resenhas elogiosas, rido de monte com a propaganda. Só não havia comprado o livro porque sou completamente desorganizado com dinheiro. Não tenho talão de cheque, não sei minhas senhas para acessar minha conta pelo computador e odeio ir a bancos. Os poucos objetos que comprei virtualmente (todos foram livros), eu comprei com o cartão da minha mãe (peço o cartão emprestado, compro o que preciso e pago com dinheiro para ela na mesma hora). Aquela oportunidade, portanto, era ótima. Eu poderia comprar o livro sem nenhum entrave.

_____Apontei, como eu estava dizendo, para o livro do Branco e disse que preferia aquele como “troco”. Ele custava R$ 15,00 e, portanto, peguei mais uma nota de dez para pagar pelos três livros. Mesmo vendo que eu havia sacado mais dinheiro, o vendedor me olhou com uma cara de ódio que não entendi naquele momento. Peguei os livros e fui para uma mesa (o lançamento foi em um bar da Vila Madalena).

_____Feliz e contente fui pegando os autógrafos do Alex e do Bia e, no meio das conversas, descobri que o cara que estava na mesinha de venda de livros era o próprio Albano Martins (o Branco Leone). Foi aí que eu descobri o motivo para a cara de ódio do vendedor. Por mais que o Branco brincasse, na propaganda, que o livro era ótimo para ser rasgado, ele não ficava muito feliz que tratassem o livro dele como troco.

_____Morto de vergonha, fui até o Branco pedir desculpas por não tê-lo reconhecido. Disse que fazia tempo que eu queria comprar o livro dele, que eu lia freqüentemente o seu blog e se ele poderia autografar Os melhores (e alguns dos piores) para mim. Com a maior cara de descrente, o Sr. Albano pegou uma caneta e autografou (talvez um pouco no automático).

Autógrafo do Branco

_____Li a maioria dos contos do Branco com minha namorada e nos divertimos bastante (os textos são uma graça). Hoje à noite, portanto, ela, de muito bom grado, concordou em me acompanhar ao bar Genial, na Vila Madalena, para o lançamento do novo livro do Sr. Albano Martins. A nova obra é um livro de contos chamado Incompletos.

Capa do livro Incompletos

_____Pode apostar que dessa vez eu vou reconhecer o autor. Só espero que ele sorria um pouco mais ao autografar o meu exemplar...

P.S.: Não é só o Branco que vai lançar seu livro hoje no Genial. O Donizetti, do blog Hedonismos, vai lançar Meias vermelhas e histórias inteiras e João Peçanha vai lançar Satie manda lembranças. Vamos ver o que mais este final de mês me permite comprar (eu sei que dezembro acabou de começar, mas até o dia 10, para minha conta bancária, é final de mês).

P.P.S.: Também como literatura independente (todos os livros citados até agora nesta postagem são independentes), no dia 6, Valter Ferraz vai lançar o seu Capão, outras histórias e, no dia 10, Olivia Maia vai lançar Operação P-2.

P.P.P.S.: Fora de Sampa, no dia 7, João Varella e Cecilia Arbolave vão lançar o Curitibocas – Diálogos urbanos. Dá para conhecer mais sobre o projeto com o vídeo de propaganda ou, principalmente, pelo blog do livro que conta, entre outras coisas, toda a novela necessária para conseguir publicar a obra.

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