25 de abril de 2008

Efeito da imigração japonesa para o Brasil

_____Não sei se já contei para vocês: minha sogra é filha de um casal de japoneses que emigraram do Japão. Durante toda a infância, ela foi criada em um local afastado, no interior do Paraná, comunicando-se apenas em japonês com os parentes. Hoje em dia, depois de mais de quarenta anos residindo em Sampa e separada dos pais, ela fala português sem problema algum, sem o menor sotaque. Mesmo assim, ela nunca esqueceu a língua com a qual foi criada.

_____Mesmo parecendo interessante, às vezes esse fato é, para mim, motivo de um belo tormento. Dona de um senso de humor bastante peculiar, minha sogra (que ensinou um pouco do idioma oriental para os filhos) vive introduzindo, no meio de alguma conversa, falas em japonês. O problema não é só ela falar algo que não entendo. O caso é que ela costuma falar muitas frases em idioma nipônico para os filhos no meio de conversas que têm comigo e, em seguida, desanda a gargalhar.

_____Sempre fico perdido e ela não faz muita questão de traduzir. Minha namorada, depois de rir um pouco de mim, por vezes serve de tradutora. Mesmo assim, como eu disse, ela só serve de tradutora algumas vezes. Normalmente ela apenas se diverte com a situação.

_____Se vocês querem saber, na maior parte das vezes em que fico sem saber o que está sendo dito, tenho a impressão que, depois de muitas falas em japonês, a frase que antecede as risadas é alguma variação de “Ocidental bobo esse Ulisses, né?”.

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